CHRISTOPHER ALEXANDER É O NOME DA VEZ QUANDO O ASSUNTO É BRINCO
Não são mais de 50 brincos por mês e a concorrência, assim como a dimensão da peça, é grande. O designer Christopher Alexander virou o cara quando o assunto é maxibrinco. E pensar que tudo começou por acaso, quando ele era vendedor da loja Gêmeas, das irmãs Carolina e Isadora Foes Krieger, em São Paulo. Certo dia, lá em 2006, depois de perceberem que Christopher tinha um interesse especial por acessórios e desenhava bem, pediram para ele tentar desenhar alguns para vender na loja. Deu tão certo que ano passado ele lançou sua marca própria. Depois de fazer oito coleções para as Gêmeas fui trabalhar com a designer de joias Camila Sarpi e fiz curso na Escola Panamericana — conta ele, que gosta de fazer peças impactantes. — Brinco pequeno não é comigo. Grandes, sim. Pesados, nunca. Apesar de todo o tamanho (ele já fez brincos para a Neon que tinham 20 centímetros), as peças pesam no máximo 10 gramas. É uma lei para ele. — São superleves. Uso chapas de metal fininhas — conta Christopher que mistura metal banhado, acrílico, resinas, vidros, porcelanas e esmaltes em suas coleções.
As ideias para as formas vêm de vários lados, nenhum deles contemporâneo. — Gosto muito de cinema, arte e arquitetura, principalmente o antigo. Me inspiro em obras de diretores como Louis Malle, Henri-George Clouzot e Jean Cocteau; de artistas, como Man Ray, Dorothea Tanning e John William Waterhouse e ainda de musas como Romy Schneider, Jeanne Moreau e Teda Bara. E meus movimentos artísticos preferidos são Belle Époque, Art Déco, Barroco, Gótico, Manuelino, Renascimento, além das civilizações antigas — lista.
Com uma coleção recém lançada inspirada na escola Liceu de Maquiagem, ele ampliou seu catálogo de acessórios e foi além do brinco: pentes e acessórios de cabelo fazem parte da coleção Liceu.
— Também usei cores, o que tem muito a ver com maquiagem, e fiz um brinco em homenagem ao pavão que tem na casa — completa.
Até o segundo semestre ele trabalha ainda no lançamento de um e-commerce, tamanha é a demanda de compras em outros estados do Brasil.
— Trabalho em um ateliê em casa. Já estou sentindo necessidade de ampliar. Vou crescer, mas nunca abrir mão de fazer as peças manualmente, não
quero ficar longe disso, é a graça do meu trabalho — garante